Os árbitros brasileiros desempenham um papel fundamental para que as partidas ocorram de forma justa e organizada.
Mas, você já parou para pensar em quanto eles ganham e quais os passos necessários para se tornar um árbitro?
Além disso, o Brasil tem uma rica história de árbitros que marcaram época, alguns tornando-se ícones no futebol nacional e internacional.
Pensando nisso tudo, a seguir, vamos explorar o mundo da arbitragem no futebol brasileiro, desde os detalhes sobre remuneração, até a trajetória de sete grandes nomes que já fizeram história nos campos. Continue lendo e confira!
Afinal, o que faz um árbitro?
O árbitro é o responsável por manter a ordem e a justiça em uma partida esportiva. Imagine alguém que precisa acompanhar cada lance, observar todos os detalhes e tomar decisões em questão de segundos.
Esse profissional garante que as regras do jogo sejam seguidas, controlando situações e aplicando penalidades quando necessário.
Em esportes como futebol, basquete e vôlei, o árbitro é quem marca faltas, expulsa jogadores e, muitas vezes, precisa lidar com a pressão dos torcedores e dos próprios atletas.
Além de saber tudo sobre as regras, ele deve manter o equilíbrio emocional para tomar decisões justas e imparciais.
Em outras palavras, o árbitro é a figura que assegura a integridade da partida, garantindo que o jogo aconteça de forma justa e organizada.
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Características que todo bom árbitro tem
Para ser um bom árbitro, é preciso mais do que conhecer as regras. A atenção é essencial: o árbitro precisa estar atento a todos os movimentos, seja uma falta sutil ou uma jogada perigosa.
A imparcialidade é outra característica fundamental, pois ele precisa julgar cada ação de forma justa, sem se deixar influenciar pelo time ou por qualquer torcida.
A confiança também faz diferença; ao tomar decisões firmes, o árbitro transmite segurança para os jogadores e para o público.
Boa comunicação é outra habilidade importante, já que ele precisa explicar suas decisões de maneira clara para evitar conflitos.
Em momentos de tensão, manter a calma e o autocontrole ajuda a mediar conflitos e garantir o andamento da partida.
Um bom árbitro reúne todas essas características, mantendo o foco e a autoridade necessários para conduzir qualquer jogo.
Como se tornar um árbitro de futebol?
Para quem sonha em ser árbitro, o caminho começa com a formação em cursos específicos oferecidos por federações esportivas.
Esses cursos ensinam as regras oficiais do esporte escolhido e preparam o futuro árbitro para lidar com as diversas situações de jogo.
Em seguida, é importante acumular experiência, começando por partidas amadoras ou em ligas menores.
Com o tempo, o árbitro pode ganhar espaço em competições mais importantes, até alcançar o nível profissional.
Além disso, é fundamental estar sempre atualizado, pois as regras podem mudar, e o árbitro precisa acompanhar essas alterações.
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Quanto ganha um árbitro de futebol brasileiro?
No Brasil, os árbitros de futebol recebem um pagamento por partida que varia de acordo com a competição, o nível de experiência e o vínculo do profissional.
Para os árbitros que atuam na Série A do Campeonato Brasileiro e possuem escudo da FIFA, a remuneração chega a R$ 6,5 mil por jogo.
Já para aqueles com vínculo apenas com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o valor é um pouco menor, em torno de R$ 4,7 mil por partida.
Além disso, os assistentes e bandeirinhas, que também desempenham funções essenciais nas partidas, recebem valores entre R$ 2,8 mil e R$ 3,9 mil, dependendo do nível de qualificação e da função específica.
Em comparação com as ligas internacionais, os árbitros brasileiros recebem menos do que os profissionais nas principais competições da Europa e da MLS, liga americana.
Enquanto os árbitros brasileiros têm seus ganhos restritos a valores por partida, países como Inglaterra e Espanha pagam salários anuais fixos, além de adicionais por cada jogo apitado, o que resulta em uma renda significativamente maior.
O tema da profissionalização dos árbitros brasileiros vem sendo debatido para possibilitar condições de trabalho melhores, estabilidade e remunerações mais atrativas, aproximando o país das ligas internacionais que já adotaram um modelo profissional para a arbitragem.
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7 grandes nomes de árbitros brasileiros aposentados
No futebol brasileiro, alguns árbitros se destacaram não apenas pela competência, mas também por suas personalidades marcantes e momentos emblemáticos em campo.
Muitos desses profissionais, após suas carreiras de apito, seguiram na mídia esportiva, comentando sobre futebol e trazendo suas experiências para o público.
Abaixo, confira sete árbitros brasileiros aposentados que deixaram uma marca duradoura na história do esporte no Brasil.
- Arnaldo César Coelho
Arnaldo César Coelho é um nome icônico na arbitragem brasileira. Conhecido por apitar a final da Copa do Mundo de 1982, é o único brasileiro a ter alcançado esse feito.
Após se aposentar, Arnaldo seguiu carreira como comentarista na TV Globo, onde trabalhou até 2018, trazendo sua experiência e conhecimento técnico para o público.
- Carlos Eugênio Simon
O gaúcho Carlos Eugênio Simon se destacou por ter sido o árbitro brasileiro com mais participações em Copas do Mundo, apitando em três edições.
Com uma carreira marcada por momentos importantes no Brasileirão, ele seguiu como comentarista na Fox Sports, comentando sobre o esporte que ajudou a moldar.
- Oscar Roberto Godói
Oscar Roberto Godói é lembrado como um dos árbitros mais polêmicos do futebol brasileiro.
Com um estilo enérgico e conhecido por suas discussões acaloradas com jogadores, Godói apitou muitos clássicos paulistas.
Após deixar os gramados, ele também se tornou comentarista, passando por canais como Record, Band e TV Gazeta.
- José Roberto Wright
José Roberto Wright fez história na arbitragem, especialmente durante os anos 1980. Ele é especialmente lembrado pela polêmica partida entre Flamengo e Atlético Mineiro pela Libertadores de 1981, na qual várias expulsões marcaram o confronto. Wright também representou o Brasil na Copa do Mundo de 1990.
- Paulo César de Oliveira
Paulo César de Oliveira foi um dos árbitros mais respeitados de São Paulo, comandando diversas decisões importantes.
Em 2011, protagonizou um momento em que Palmeiras e Corinthians tentaram vetá-lo de um clássico, mas foi mantido pela Federação Paulista. Atualmente, ele é comentarista na TV Globo.
- Leonardo Gaciba
Conhecido por seu jeito descontraído, Leonardo Gaciba ganhou respeito no futebol brasileiro. Embora tenha tido alguns erros memoráveis, Gaciba é lembrado pelo seu estilo “boa praça”.
Após a aposentadoria, tornou-se comentarista da Globo e, posteriormente, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.
- Armando Marques
Armando Marques é uma lenda na história da arbitragem brasileira. Nas décadas de 1960 e 1970, apitou partidas marcantes, mas também ficou conhecido por decisões controversas, como encerrar prematuramente a disputa de pênaltis na final do Campeonato Paulista de 1972. Ele também representou o Brasil nas Copas do Mundo de 1966 e 1974.
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Árbitras femininas brasileiras são as primeiras a apitar jogo da Copa América
A presença de árbitras femininas brasileiras na Copa América representou um marco na história do futebol sul-americano.
Em uma partida entre Peru e Chile pela fase de grupos, Edina Alves e Neuza Back foram as primeiras mulheres a fazer parte da equipe de arbitragem da competição masculina, atuando como quarta e quinta árbitra.
Essa conquista reforça a inclusão de mulheres em espaços tradicionalmente dominados por homens no esporte e destaca o avanço do futebol feminino e da arbitragem feminina em torneios de grande importância.
Edina Alves já possuía experiência em competições de alto nível, sendo pioneira também ao arbitrar uma partida no Mundial de Clubes em 2021.
Para 2024, ela está confirmada para atuar na arbitragem do futebol nos Jogos Olímpicos de Paris, reafirmando sua trajetória internacional.
Neuza Back também se destaca em sua carreira e já participou da Copa do Mundo Masculina em 2022, integrando uma equipe mista de árbitros.
Ambas representam uma nova era na arbitragem brasileira, abrindo portas e inspirando outras mulheres a seguir essa profissão.
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Desafios das árbitras femininas no futebol
As árbitras femininas enfrentam diversos desafios em um esporte historicamente dominado por homens.
Desde a falta de oportunidades em jogos de grande visibilidade até o preconceito enraizado entre torcedores, jogadores e, até mesmo, colegas de profissão, essas profissionais precisam lidar com barreiras sociais, culturais e estruturais.
Apesar de qualificadas e capacitadas, as árbitras ainda encontram dificuldades para conquistar seu espaço em campeonatos de alto nível, especialmente em torneios masculinos.
Outro desafio significativo é o tratamento desigual em relação a seus colegas homens. Em muitos casos, as árbitras recebem menos reconhecimento e são mais criticadas, enfrentando julgamentos rigorosos sobre suas decisões em campo.
A exposição ao assédio verbal, dentro e fora do campo, é um problema frequente, já que a presença feminina na arbitragem desafia estereótipos e causa resistência em alguns grupos do futebol.
Além disso, a diferença de oportunidades e investimentos para o desenvolvimento da arbitragem feminina em comparação à masculina limita o crescimento e a participação de mulheres no esporte.
Contudo, o avanço de árbitras brasileiras em competições internacionais é um sinal positivo de mudança e incentivo para futuras gerações.
A presença de árbitras em torneios como a Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas contribui para normalizar e incentivar a participação feminina no futebol, inspirando outras mulheres a entrar na arbitragem.
Com mais apoio e políticas de igualdade no esporte, esses desafios podem ser reduzidos, abrindo portas para uma presença feminina cada vez maior e respeitada na arbitragem mundial.
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Árbitro e juiz são a mesma coisa?
Embora os termos “árbitro” e “juiz” sejam frequentemente usados como sinônimos, especialmente no Brasil, eles possuem funções distintas no mundo esportivo.
O árbitro é responsável por garantir que as regras do jogo sejam cumpridas de forma justa, supervisionando as ações dos atletas para assegurar que todos competem em condições de igualdade.
Ele tem o papel de mediador, sem interferir diretamente no resultado da partida.
Em esportes como futebol e futsal, por exemplo, o árbitro aplica as regras, mas a definição do vencedor fica a cargo do próprio regulamento do jogo, que pode prever prorrogações, pênaltis ou até mesmo resultados empatados.
Em modalidades onde não é possível haver empate, como tênis e vôlei, o próprio sistema de pontuação define o vencedor sem necessidade de um árbitro decidir o resultado.
Nesses esportes, as partidas geralmente são disputadas em um formato de “melhor de 3” ou “melhor de 5 sets“, onde o primeiro atleta ou equipe a alcançar o número necessário de sets vencidos é declarado o vencedor.
Aqui, o papel do árbitro segue limitado a fiscalizar o cumprimento das regras sem qualquer poder sobre o resultado final.
Por outro lado, o juiz tem uma função diferente, típica de esportes onde o vencedor não é determinado apenas pelo cumprimento das regras, mas também pela análise de desempenho.
Em artes marciais, por exemplo, além do árbitro que supervisiona a luta, existem juízes que analisam e avaliam a atuação dos atletas.
Eles observam critérios como número de golpes, impacto, e atitude defensiva para determinar o vencedor caso a luta não termine por nocaute ou finalização.
Essa decisão é feita com base em pontuações atribuídas por cada juiz, e o atleta que somar mais votos ganha a luta, podendo a decisão ser unânime ou dividida.
Portanto, embora ambos atuem em esportes, o árbitro tem a função de fazer cumprir as regras sem definir vencedores, enquanto o juiz é fundamental em modalidades que exigem avaliação subjetiva para decidir quem venceu o confronto.
Interessante, né?
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